
O Cruzeiro parecia afobado no início da partida. Talvez pela pressão da torcida, que empurrava o time à frente, a equipe celeste parecia ansiosa para resolver logo o jogo. O Estudiantes, ao contrário, demonstrava frieza e segurava na defesa, com boa atuação de Cellay, pela direita.
Os primeiros 20 minutos de jogo foram muito disputados, mas sem chances agudas. A força da marcação das duas equipes prevaleceu em todo início de jogo. Aos 21, Gastón Fernandez - sempre perigoso - deixou Boselli com grandes chances de marcar, mas o atacante acabou furando. A Raposa tentava o jogo pelas laterais, mas Gérson Magrão estava melhor na defesa do que no ataque, e Johnathan, bem marcado, pouco aparecia.
Depois da jogada de perigo dos argentinos, porém, o Cruzeiro pareceu acordar. Logo em seguida, depois de cobrança de escanteio, Leo Silva cabeceou e a bola passou rente à trave de Andújar. Aos 24, Wellington Paulista recebeu bola enfiada por Wagner cara a cara com o goleiro do Estudiantes, mas foi atrapalhado por Cellay e Andújar agarrou firme.
Aos 27, Kléber conseguiu vencer Cellay e cruzou com perigo, mas a defesa afastou. Logo depois, em boa troca de passes, o Estudiantes assustou novamente. Aos 32, Boselli recebeu livre novamente e foi parado por Gérson Magrão. A catimba argentina - bem como a complacência do árbitro com a violência empregada pelos Pincharratas - irritaram os cruzeirenses. O jogo seguiu igual e as equipes foram para o intervalo empatando em 0 a 0.
O time da casa voltou melhor para a segunda etapa. Tocando melhor a bola, o Cruzeiro logo abriu o placar: aos 6 minutos, Henrique bateu de longe. A bola desviou em Desábato e matou Andújar, levando ao delírio a massa azul no Mineirão: 1 a 0. A equipe, então, pareceu relaxar em campo, tocando a bola de lado. O empate veio a cavalo: Verón achou Cellay na ponta direita. O lateral cruzou e encontrou Fernández sozinho na área: 1 a 1.
O Cruzeiro voltou a se assustar em campo, errando muitos passes. O árbitro Carlos Chandía seguia sem colaborar, ao não marcar faltas claras dos argentinos. O balde de água fria caiu sobre o Mineirão aos 28 do segundo tempo. Verón cobrou escanteio na cabeça de Boselli, que não desperdiçou: 2 a 1 para o Estudiantes.
O time argentino, experiente, soube administrar muito bem a vantagem conseguida. Se o nervosismo azul já era visível no empate, depois da virada o time desandou. Nos minutos finais, a pressão cruzeirense foi enorme. Aos 41, Thiago Ribeiro acertou um belíssimo chute de fora da área, mas a bola acertou a trave de Andújar. Ele teve outra boa chance aos 43, mas pegou mal na bola. Thiago Heleno, aos 46, recebeu sozinho e tentou pegar de primeira, isolando a bola. A catimba prevaleceu, assim como a categoria do veterano Verón - maestro do Estudiantes -, e os argentinos conquistaram seu quarto título continental.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 1X2 ESTUDIANTES
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 15 de julho de 2009, quarta-feira
Horário: 21h50 (em Brasília)
Árbitro: Carlos Chandía (CHI)
Assistentes: Patricio Basualdo (CHI) e Francisco Mondría (CHI)
Cartões amarelos: Kléber (CRU); Verón, Cellay (EST)
Gols: Henrique (1-0), aos 6'/2ºT; Fernández (1-1), aos 11'/2ºT; Boselli (1-2), aos 28'/2ºT)
CRUZEIRO: Fábio, Jonathan, Leonardo Silva, Thiago Heleno e Gerson Magrão; Henrique, Marquinhos Paraná, Ramires e Wagner (Athirson, 26'/ºT); Wellington Paulista (Thiago Ribeiro, 29'/2ºT/) e Kléber
Técnico: Adilson Batista
ESTUDIANTES: Andujár, Cellay, Schiavi, Desábato e Re; Braña (Sánchez, 41'/2ºT), Verón, Pérez e Benítez (Díaz, 34'/2ºT); Gastón Fernández (Calderón, 44'/2ºT) e Boselli
Técnico: Alejandro Sabella
0 comentários:
Postar um comentário